Cenário da agência de saúde pública da Suécia prevê mais 3.000 mortes

A agência de saúde pública sueca revelou hoje que a Suécia poderá ter de registar mais 3 mil mortes resultantes da covid-19, segundo um de três cenários avaliados em função do número de surtos ativos no país.

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Lusa
22/07/2020 15:21 ‧ 22/07/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A Suécia apresenta já um dos piores balanços do mundo quanto ao número de óbitos por cada 100 mil habitantes, com um registo de 56 e a alteração do total de mortes resultantes da pandemia colocará o país no topo da lista.

As previsões constam de um dos três cenários considerados pela agência de saúde pública, que atraiu a atenção de todo o mundo pela abordagem menos rigorosa contra o novo coronavírus.

O relatório da pandemia na Suécia conta hoje com 5.646 mortes e 78.166 casos confirmados, colocando o país nórdico no pelotão dos países mais afetados, mesmo quando as autoridades apontam para uma desaceleração de novos casos, incluindo graves e óbitos.

Segundo a agência de saúde pública sueca, o cenário mais provável passa pela ocorrência de diferentes surtos pelo país, o que seria mais ou menos fácil de conter.

Um cenário já "visto noutras partes do mundo e que parece seguir o caminho habitual da covid-19", afirmou o epidemiologista-chefe Anders Tegnell.

Nessa hipótese, devido ao relaxamento de medidas de restrição, a taxa de infeção "aumentaria rapidamente após uma maior socialização entre as pessoas", mas diminuiria rapidamente "quando as pessoas se consciencializassem do risco e respeitassem certas barreiras como o distanciamento social".

Neste caso, o número estimado de mortes adicionais é de 3.200.

O pior cenário prevê mais de 4.400 mortes adicionais, caso o coronavírus siga a trajetória de uma pandemia clássica.

No "cenário menos negativo", no qual o vírus segue as tendências atuais, a agência prevê que 1.100 mortes adicionais possam acontecer.

Ao contrário de outros países europeus, a Suécia nunca impôs o confinamento à população e fez manchetes no exterior pela sua estratégia considerada frouxa diante do coronavírus.

O país mantém abertas as escolas para menores de 16 anos, assim como os cafés, bares e restaurantes.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 616 mil mortos e infetou quase 15 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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