O Instituto Van Gogh revela, na véspera do aniversário da morte do maior artista do pós-impressionismo, que foi encontrada a localização exata retratada na sua obra de arte final, alegadamente pintada horas antes da sua morte.
Recorde-se que Vincent van Gogh morreu a 29 de julho de 1890, dois dias depois de ter atingido o próprio peito com um tiro de pistola. Tinha 37 anos de idade.
A obra de arte em questão é 'Raízes de Árvore', uma pintura de raízes expostas, a crescer numa encosta perto da vila francesa de Auvers-sur-Oise. Foi possível identificar a localização graças a um postal antigo [ver galeria] - datado entre 1900 e 1910 -, descoberto por Wouter van der Veen, diretor científico do Instituto Van Gogh.
Depois de executado um estudo comparativo da pintura, do postal e das condições atuais daquela encosta, os investigadores do Instituto, juntamente com Bert Maes, um especialista em dendografia, concluíram que é "altamente plausível" que o local onde Van Gogh fez a sua última pintura é o descrito acima, segundo explica o Guardian.
Van Gogh estaria a trabalhar na pintura 'Raízes de Árvores' quando tirou a própria vida. Uma das provas mais concretas é a descrição, numa carta, que Andries Bonger - cunhado do irmão de Van Gogh, Theo - de como o artista, "na manhã antes da sua morte", tinha "pintado uma sous-bois [vegetação], cheia de sol e de vida".
Os especialistas descrevem que o maior tronco que é retratado na pintura ainda continua no local, 130 anos após a morte do mestre holandês. O local, que foi protegido com uma vedação de madeira, foi formalmente reconhecido numa cerimónia privada onde estavam Willem van Gogh, bisneto de Theo, e Emilie Gordenker, diretora do Museu Van Gogh, em Amesterdão.