Peru estima cerca de 43 mil mortos, mas dados reconhecem menos de 19 mil

Cerca de 43 mil pessoas morreram no Peru devido à covid-19, estimou o ministro da Saúde daquele país, Pilar Mazzetti, apesar de os números oficiais reconhecerem por enquanto apenas 18.816 óbitos.

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Lusa
30/07/2020 06:59 ‧ 30/07/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"As pessoas que morreram de coronavírus, aquelas que caracterizamos por um teste específico, são 18 mil. Existem oito mil óbitos suspeitos (...) e temos uma diferença no Sinadef (Sistema Nacional de Informática para Mortes) que pode atingir mais 19 mil", explicou o governante.

O ministro considerou que essa diferença pode ser "esclarecida quando for avaliado cada um dos casos", mas que tem de se considerar "que é um número à volta de 43 mil".

As autoridades no Peru já tinham reajustado o número oficial de mortos na semana passada, ao adicionarem 3.688 mortes não contabilizadas, tendo anunciado que outras 22 mil estavam a ser investigadas, para se determinar se estavam ligadas ao coronavírus.

Os últimos números avançados esta quarta-feira dão conta de 5.678 casos nas últimas 24 horas, elevando o total de infetados para 400.683, dos quais 13.491 permanecem hospitalizados e 280.044 já tiveram alta de uma unidade de saúde ou cumpriram quarentena em casa.

O Peru regista agora um total de 101.823 casos ativos.

O confinamento começou em 16 de março em todo o país, juntamente com o fecho total das fronteiras, recolher obrigatório noturno e a proibição do transporte de passageiros entre províncias.

Desde 01 de julho, o confinamento foi oficialmente suspenso em 18 das 25 regiões do país, mas subsiste em sete departamentos onde as infeções ainda não decresceram.

Apesar da resposta das autoridades, o Peru tornou-se num dos focos mundiais de covid-19.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 660 mil mortos e infetou mais de 16,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

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