"Expresso o meu respeito" aos nove dos 32 governadores do México que pediram a resignação, afirmou o subsecretário da Saúde, Hugo Lopez-Gatell, na sexta-feira à noite.
"Espero que possamos continuar a trabalhar em conjunto", acrescentou o responsável, citado pela Associated Press (AP).
O México registou 688 mortes confirmadas de covid-19 na sexta-feira, subindo para 46.688 o total acumulado. O número de casos confirmados aumentou 8.458, quase um recorde, elevando o número total de casos com covid-19 a quase 425.000.
Uma carta a pedir a demissão "imediata" de Lopez-Gatell, que inclui o nome de 10 governadores estatais, todos dos partidos da oposição, foi tornada pública na sexta-feira, mas posteriormente um deles distanciou-se da iniciativa, referindo não ter aprovado a missiva.
A carta acusa a administração do Presidente Andres Manuel Lopez Obrador de "tratamento errático da pandemia e uma falta de resposta eficiente" que aumentaram, simultaneamente, o número de mortes no México para a terceira maior no mundo, enquanto a atividade económica sofreu uma queda de 18,9% no segundo trimestre, quando comparado com igual período do ano passado.
O México impôs uma paralisação da atividade económica muito relaxada que não impediu elevados níveis de contágio, mas estrangulou a economia do país. Em vez de testar e rastrear os contactos, o governo focou a sua estratégia na expansão das instalações hospitalares.
Além disso, o Governo federal deu mensagens confusas sobre o uso de máscaras.
O próprio Lopez Obrador quase nunca usa máscara e na sexta-feira afirmou: "Usarei máscara quando não houver mais corrupção".
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 92.475 mortos e 2.662.485 casos, o México, com 46.688 mortos e 424.637 casos, o Reino Unido, com 46.119 mortos e 303.181 casos, e a Índia com 36.511 mortos e 1.695.988 casos.