Chefe do porto sabia que "materiais eram perigosos mas não a este ponto"

O responsável do porto de Beirute admitiu que foram feitos pedidos para retirar os materiais explosivos, mas que esperou durante seis anos sem que a questão tivesse sido resolvida.

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© Getty Images

Fábio Nunes
05/08/2020 14:13 ‧ 05/08/2020 por Fábio Nunes

Mundo

Explosões em Beirute

Um dia depois das duas explosões que mataram mais de 100 pessoas e feriram cerca de quatro mil em Beirute, o responsável do porto da capital libanesa, onde as explosões tiveram origem, afirmou às televisões locais que os materiais armazenados num depósito “eram perigosos mas não a este ponto”.

O chefe do porto de Beirute, Hassan Koraytem, acrescentou que não havia explosivos guardados junto ao nitrato de amónio que explodiu, e revelou ainda que o material foi armazenado naquele local por ordem do tribunal. 

No entanto, admitiu que as autoridades libanesas já tinham enviado cartas para o porto a pedir que as 2.750 toneladas de amónio fossem retiradas ou exportadas. “Durante seis anos esperámos que esta situação fosse resolvida sem resultados”, salientou.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, considerou “inadmissível que um carregamento de nitrato de amónio, estimado em 2.750 toneladas, estivesse há seis anos num armazém, sem medidas de precaução”. O governante prometeu punir os responsáveis.

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