Zelensky declara vontade de se encontrar com Trump no Vaticano

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou hoje que gostaria de se encontrar com o homólogo norte-americano, Donald Trump, no Vaticano, onde os dois chefes de Estado são esperados no sábado para o funeral do Papa Francisco.

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© Leon Neal/Getty Images

Lusa
22/04/2025 19:20 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Sim, gostaria, estou pronto. Estamos sempre prontos para nos reunirmos com os nossos parceiros americanos", disse Zelensky em conferência de imprensa, numa fase em que as negociações com Moscovo sobre o conflito na Ucrânia permanecem num impasse.

 

O Presidente ucraniano referiu-se também à reunião, prevista para quarta-feira em Londres com parceiros ocidentais, declarando que a delegação de Kiev terá mandato para negociar um cessar-fogo total ou parcial.

"Quanto à nossa equipa, amanhã [quarta-feira] terá o mandato necessário --- ou seja, discutir um cessar-fogo incondicional ou um cessar-fogo parcial. Estamos prontos para esta fase", afirmou Zelensky, citado pela agência Ukrinform.

Na semana passada, ucranianos, norte-americanos, franceses e britânicos reuniram-se em Paris, pela primeira vez neste formato, numa altura em que as negociações para um cessar-fogo iniciadas por Washington estão estagnadas e os europeus querem impor a sua voz.

"Estamos também prontos para deixar claro que, uma vez que o cessar-fogo esteja em vigor, estamos prontos para nos sentarmos [para novas negociações] em qualquer formato", prosseguiu Zelensky.

No domingo, o Presidente ucraniano desafiou o homólogo russo, Vladimir Putin, a aceitar um cessar-fogo de 30 dias nos ataques aéreos com 'drones' e mísseis contra infraestruturas civis.

A proposta foi apresentada antes de expirar uma trégua no período da Páscoa, declarada unilateralmente por Putin e aceite por Kiev, mas marcada por acusações de centenas de violações de parte a parte.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou hoje que não há planos concretos sobre negociações com Kiev, mas indicou que Putin está disposto a dialogar.

O Presidente russo disse na segunda-feira que vai analisar a proposta de moratória, enquanto acusava as forças ucranianas de ocuparem frequentemente posições em instalações civis, o que as torna em alvos militares.

A trégua pascal e a proposta de Zelensky seguem-se a declarações do Presidente norte-americano na sexta-feira, sugerindo que, se não houver progressos nas negociações indiretas com Moscovo e Kiev numa "questão de dias", Washington poderá abandonar o processo de paz na Ucrânia.

Já no domingo, o líder da Casa Branca disse esperar um acordo "dentro de uma semana" e sugeriu às duas partes que "poderão então fazer bons negócios com os Estados Unidos, que estão a crescer, e ganhar uma fortuna".

O Kremlin revelou hoje que o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, deverá deslocar-se novamente a Moscovo esta semana, ao mesmo tempo que alerta para a pressa nas negociações, embora se arrastem há mais de dois meses.

A confirmar-se, será a quarta visita do negociador norte-americano desde o relançamento das relações entre Washington e Moscovo, iniciado em meados de fevereiro por Donald Trump.

No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, avisou hoje que a solução do conflito é "uma questão tão complexa" que "provavelmente é melhor não estabelecer um prazo apertado".

As conversações decorrem numa altura em que a Rússia retomou os ataques aéreos na Ucrânia após o breve cessar-fogo de 30 horas na Páscoa.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Enviado de Trump planeia nova visita a Moscovo esta semana

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