Dois ex-militares dos EUA condenados a 20 anos de prisão na Venezuela
Dois ex-militares norte-americanos foram condenados a 20 anos de prisão pelo envolvimento num ato que o Presidente Venezuelano afirmou que tinha o intuito de o matar, anunciou sexta-feira o Procurador Geral.
© iStock
Mundo Venezuela
"Eles admitiram ter cometido crimes de conspiração, associação, tráfico ilícito de armas de guerra e terrorismo, tal como definido no Código Penal, pelos quais foram condenados a 20 anos de prisão", escreveu Tarek William Saab no Twitter.
Luke Denmnan e Airan Berry são funcionário da SilverCorp, uma empresa de segurança dos EUA que, segundo o Governo venezuelano, está ligada à tentativa de ataque que resultou na morte de oito pessoas e levou à detenção de 50.
No primeiro fim de semana de maio, oito pessoas morreram e mais duas foram detidas numa primeira tentativa de ataque marítimo que ocorreu no estado de La Guaira, vizinho de Caracas.
Um dos detidos é o Capitão Antonio Sequeda, antigo membro da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, uma força policial militarizada), acusado dos crimes de homicídio intencional, traição, tráfico ilícito de armas de guerra, terrorismo e associação criminosa.
Outro participante, Josnars Adolfo Baduel, filho do general, antigo comandante do exército e ex-ministro da defesa Raúl Isaías Baduel, foi também detido sob acusação de terrorismo, conspiração e traição.
O General Baduel foi um aliado de Hugo Chávez e é considerado o arquiteto do seu regresso à Presidência após o golpe de estado que o derrubou durante 48 horas em Abril de 2002. Em 2009 foi enviado para a prisão depois de ter sido acusado de corrupção.
Berry, 41 anos, serviu como sargento de engenharia nas Forças Especiais dos EUA entre 1996 e 2013, período durante o qual foi destacado para o Iraque três vezes, de acordo com a imprensa especializada dos EUA.
Denman tem 34 anos e disse numa declaração do tribunal que tinha ordens para assumir o controlo de um aeroporto perto de Caracas para enviar Maduro para os EUA, onde é procurado sob várias acusações relacionadas com drogas.
"Nesse grupo, havia membros da equipa de segurança de Donald Trump: Airan Berry, um mercenário profissional dos Estados Unidos, e Luke Denman", afirmou Maduro, poucos dias depois do ataque, numa mensagem televisionada junto do alto comando militar.
A empresa que identificaram, Silvercorp, assinou um contrato com o estratega Juan José Rendón, quando este ainda era conselheiro do líder da oposição Juan Guaidó, para estes ataques.
No entanto, Rendón explicou que no final não lhes deu a "luz verde" e que o Guaidó não a assinou.
O líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, negou também qualquer envolvimento na invasão marítima.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com