O anúncio foi feito pelo Ministro de Estado e chefe da casa Civil do Presidente da República, Adão Almeida, que apresentou as medidas que vão vigorar a partir da próxima segunda-feira, por um período de 30 dias.
O país vai manter a cerca sanitária até 08 de setembro, mas admite situações excecionais para o regresso de cidadãos nacionais ou de estrangeiros residentes, ajuda humanitária, viagens oficiais, emergências médicas, estando a entrada em território nacional sujeita à realização de um teste de biologia molecular RT PCR com resultado negativo 72 horas antes.
"Estavam submetidos a quarentena institucional, cidadãos que venham para território nacional, mas não só. Está na altura de mudar a abordagem ao fenómeno", sublinhou o governante.
Além do teste pré-embarque, quem entra em território nacional está sujeito a um conjunto de requisitos, nomeadamente a assinatura de um termo de responsabilidade, relativo ao cumprimento das regras, nomeadamente não sair do domicílio e existência de condições para distanciamento físico entre os que consigo coabitam.
A quarentena domiciliar só termina depois de as autoridades emitirem alta, com a realização de teste com resultado negativo, que pode ser realizado a partir do sétimo dia.
A violação da quarentena domiciliar constitui crime de desobediência e dá lugar a quarentena institucional e à aplicação de multas entre 250 e 300 mil kwanzas, salientou Adão Almeida, incentivando a denuncia sobre incumprimentos.
Também os cidadãos com teste positivo e sem sintomas, que até agora eram obrigados a cumprir isolamento institucional, passam a poder cumprir quarentena em casa, sob determinadas condições e desde que não tenham comorbilidades associadas.
Esta medida vai ser aplicada de forma faseada, a partir de dia 15 de agosto aos cidadãos que estão atualmente em quarentena institucional.
Angola regista, deede o início da pandemia, 1.538 infetados e 67 mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 722 mil mortos e infetou mais de 19,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.