Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, entre os 53 novos casos, todos de Luanda, 15 são do sexo feminino e 38 de sexo masculino, com idades entre os 23 e os 71 anos.
Foram registados mais três óbitos de cidadãos angolanos, uma mulher de 76 anos e dois homens, de 54 e 60 anos.
No total, Angola soma 1.815 infeções, com 83 mortes, 584 doentes recuperados (mais sete nas últimas 24 horas) e 1.148 ativos, dos quais quatro críticos, com ventilação mecânica, e 25 graves.
Franco Mufinda voltou a pedir ajuda à população para "aplanar" a subida exponencial de casos e óbitos que se verifica no país, e recordou que a partir de sábado, dia 15, vai ser iniciado o processo da quarentena e isolamento no domicílio, desde que sejam cumpridas determinadas condições, entre as quais a localização exata e meios de comunicação.
"O sujeito isolado não pode ter contacto com outras entidades de fora, de modo que as necessidades serão respondidas, mas pondo-as à entrada da casa", afirmou o secretário de Estado, numa alusão, por exemplo, a bens alimentares.
Franco Mufinda disse ainda que estar infetado e realizar o seu internamento em casa coloca os demais membros da família na mesma condição, ficando "as pessoas vulneráveis" na responsabilidade do Estado.
O governante acrescentou que fazer a quarentena domiciliar depende muito da avaliação, que será feita pelas autoridades sanitárias.
"O fim do isolamento ou da quarentena pode ir até 14 dias, depende muito da evolução da doença e dos resultados laboratoriais", reforçou Franco Mufinda, apelando para a vigilância por parte dos vizinhos e da comunidade, e lembrando que estão previstas sanções para quem violar a quarentena ou isolamento.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 749 mil mortos e infetou mais de 20,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em África, há 23.616 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de casos e de mortos (4.821 infetados e 83 óbitos), seguindo-se Cabo Verde (3.073 casos e 33 mortos), Moçambique (2.638 casos e 19 mortos), Guiné-Bissau (2.088 casos e 29 mortos), Angola (1.815 infetados e 83 mortos) e São Tomé e Príncipe (878 casos e 15 mortos).