De acordo com o barómetro do impacto social da pandemia realizado pelo instituto de estatísticas britânico ONS, 62% dos inquiridos disseram ser improvável viajar para o estrangeiro durante as férias de verão se tiverem de ficar em isolamento durante 14 dias no regresso.
Desde o início de junho que todas as pessoas que cheguem ao Reino Unido do estrangeiro estão obrigadas a ficar em isolamento durante duas semanas, exceto se viajarem de uma lista de cerca de 70 países e territórios identificados pelo governo britânico como sendo de baixo risco.
Na quinta-feira à noite, o Governo britânico anunciou que França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba vão ser retiradas da lista a partir das 04:00 de sábado, à semelhança do que aconteceu na semana passada com a Bélgica, Andorra e Bahamas e antes com Espanha e Luxemburgo.
Entretanto, nas últimas duas semanas foram adicionadas à lista de "corredores de viagem" a Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Grenadinas, Brunei e Malásia.
De acordo com o mesmo estudo do ONS, 20% dos britânicos disse ter cancelado os planos de viagem para o estrangeiro por causa da quarentena imposta pelo Governo britânico.
Portugal continua fora da lista britânica dos destinos seguros, decisão que o Governo português considerou não estar "baseada nos factos e nos números que são públicos".
O Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal, tendo representado cerca de 20% do total.
O ministro dos Transportes, Grant Shapps, disse hoje que o principal critério usado pelas autoridades britânicas é de 20 casos por 100.000 habitantes numa média móvel ao longo de sete dias e que os países que ultrapassarem este valor passam a ser considerado de risco.
França é um dos principais destinos turísticos dos britânicos, onde se estima que estejam atualmente 500 mil de férias.
O Reino Unido registou 18 mortes por COVID-19 na quinta-feira, aumentando o total acumulado desde o início da pandemia para 41.347 óbitos, um balanço inferior ao comunicado anteriormente devido a uma alteração na metodologia de contabilização.