Cuba com mais de 60 novos casos suspende reinício das aulas em Havana
Cuba registou hoje 63 novos casos de covid-19, a grande maioria em Havana, onde as infeções diárias continuam a aumentar, o que já levou à suspensão do reinício do ano letivo previsto para setembro, refere a agência EFE.
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Mundo Covid-19
Os números deste sábado dão sequência à tendência de aumento de infeções pelo novo coronavírus, registado durante esta semana, que teve o seu dia mais crítico na segunda-feira, com 93 casos confirmados, o maior número de infetados em 24 horas, desde o início da pandemia no país, informa a EFE.
A ilha acumula até ao momento 3.292 diagnósticos positivos, dos quais 2.568 pacientes já recuperaram, ou seja, 78,1% do total dos doentes, segundo o relatório diário do Ministério da Saúde Público (Minsap), citado pela EFE.
Dos novos infetados, 54 residem em 12 dos 15 municípios da capital cubana, que teve que cancelar a sua reabertura. Depois de quase erradicar a doença, Havana regista agora mais de 400 casos ativos espalhados pelo seu território.
A vizinha Artemisa reportou dois novos casos e a província de Villa Clara (centro) soma outros quatro, relacionados com o primeiro evento de transmissão na área central do país, desde que essa área começou a desaceleração no final de junho.
Esse surto, relacionado com uma pessoa infetada que visitou Havana, levou as autoridades cubanas a colocarem em quarentena a cidade de Camajuaní e a aumentar as restrições às viagens entre a região oeste e o resto do país.
Entre os infetados deste sábado estão 60 cubanos e três estrangeiros residentes. Destes, 52 são contactos de outros casos, a origem da infecção não foi identificada em cinco casos e três vêm do estrangeiro, segundo dados do Ministério da Saúde, que também não informou os países de origem desses pacientes.
Quarenta destes casos positivos não apresentavam sintomas na hora do teste, tendência "perigosa" para a qual chamou a atenção o diretor de Epidemiologia do Minsap, Francisco Durán.
Segundo a EFE, 82,2% do total de infetados nos últimos 15 dias foram assintomáticos, um comportamento que "complica" a luta contra o vírus, disse Durán, na conferência diária na televisão, citado pela EFE.
Os novos pacientes foram detetados em 4.603 amostras de PCR, elevando o total desses exames realizados no país para 324.043, complementados com milhares de 'kits' rápidos.
Permanecem hospitalizados 1.544 pacientes, dos quais três estão em estado crítico, um em estado grave e os restantes com evolução estável.
O número de mortes pelo novo coronavírus permanece em 88, depois de o Ministério da Saúde ter retificado o seu relatório esta semana.
A ilha inteira, exceto Havana e Matanzas, começou a desaceleração de novos casos no final de junho.
Atualmente, apenas Havana permanece na fase 0 ou "estágio de transmissão autóctone limitada", o que implica fortes medidas restritivas como a suspensão do transporte público, a limitação de entrada e saída da cidade, o encerramento da maioria serviços e uso obrigatório da máscara fora das residências.
Embora o confinamento obrigatório nunca tenha sido decretado, as autoridades pedem aos habitantes de Havana que saiam apenas quando necessário, existindo multas elevadas para quem não cumprir as disposições oficiais.
Na capital, não será reiniciada a escola no próximo mês de setembro conforme previsto, calendário que será mantido nas demais províncias, anunciou esta sexta-feira a ministra da Educação, Ena Elsa Velázquez.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 760 mil mortos e infetou mais de 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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