O país, com 44 milhões de habitantes, contabilizou 500.034 casos do novo coronavírus desde o início da epidemia.
No último dia, a Argentina registou ainda 278 mortes provocadas pela doença, elevando o total de óbitos para 10.405, numa altura em que 18 províncias estão a braços com transmissão comunitária e associações médicas alertam para o agravamento da situação.
Na terça-feira, a Sociedade Argentina para a Investigação Clínica (SAIC) avisou que a crise do coronavírus no país poderá sofrer "um agravamento profundo" nas "próximas semanas", de acordo com um comunicado citado pela agência de notícias espanhola Efe.
Segundo a associação médica, algumas unidades de cuidados intensivos estão "à beira do colapso", com médicos especializados a queixar-se que "se sentem abandonados pelo resto da sociedade" e que "estão a perder a batalha contra o vírus".
A Argentina iniciou a quarentena obrigatória em 20 de março. As restrições à circulação continuam em vigor, embora o governo local da capital, o epicentro da epidemia, tenha decidido reabrir as esplanadas dos bares e restaurantes na semana passada.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 893.524 mortos e infetou mais de 27,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Em Portugal, morreram 1.846 pessoas das 60.895 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.