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Trump admite ter "minimizado" gravidade do vírus para "evitar o pânico"

Declarações do Presidente dos Estados Unidos ao jornalista Bob Woodward contrastam com a forma como tem lidado publicamente com a pandemia.

Trump admite ter "minimizado" gravidade do vírus para "evitar o pânico"
Notícias ao Minuto

22:55 - 09/09/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Pandemia

Semanas antes do primeiro caso confirmado de Covid-19 nos Estados Unidos, Donald Trump admitiu que o vírus era perigoso, transmissível através do ar, altamente contagioso e talvez cinco vezes "mais mortal do que a gripe". Estas admissões foram feitas pelo presidente norte-americano ao jornalista Bob Woodward, em fevereiro.

Numa série de entrevistas - no âmbito do novo livro do jornalista, 'Rage' - Donald Trump revelou ter um nível surpreendente de detalhes sobre a ameaça do vírus.

As admissões do Chefe de Estado norte-americano contrastam com os frequentes comentários públicos, em que insistia que "o vírus iria desaparecer" e que "tudo correria bem". 

"Sempre quis minimizar", disse Trump a Woodward, a 19 de março, apesar de ter declarado uma emergência nacional devido ao vírus dias antes. "Continuo a preferir minimizar, porque não quero criar o pânico", acrescentou, conforme pode ouvir no áudio abaixo, onde o líder republicano fala com Woodward.

Estas afirmações, que foram agora divulgadas pela CNN, são resultado de 18 entrevistas que decorreram de 5 de dezembro de 2019 a 21 de julho de 2020. As conversas foram gravadas com a permissão de Trump.

"Ele circula no ar. Isso é sempre mais complicado do que através do toque. Apenas respira o ar e é assim que o vírus passa. Isto é muito complicado. Muito delicado”, disse Trump a Woodward, no dia 7 de fevereiro.

O livro, que é lançado no dia 15 de setembro, retrata um presidente que traiu a confiança dos cidadãos e as responsabilidades fundamentais do cargo, escreve a CNN

Além dos comentários do presidente norte-americano, o livro conta também com afirmações de ex-conselheiros de segurança nacional de Trump e do especialista Anthony Fauci, que é citado a comentar a liderança “sem rumo” do Chefe de Estado.

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