Inundações na África Ocidental e Central provocam mais de 200 mortos

As inundações que atingiram a África Ocidental e Central durante as últimas semanas mataram mais de 200 pessoas e afetaram mais de um milhão de habitantes, segundo dados oficiais hoje divulgados.

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Lusa
11/09/2020 16:32 ‧ 11/09/2020 por Lusa

Mundo

Inundações

 

"Houve 760.000 pessoas afetadas pelas inundações, com mais de 110 mortos oficialmente, e as chuvas não terminaram" em 11 países da África Ocidental e Central, afirmou a responsável do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) para estas regiões, Julie Belanger, citada pela agência France-Presse.

Estes números não integram os registados no Sudão, onde, segundo a Proteção Civil do país, o número de mortos devido à chuva alcançou os 103. De acordo com a representação da OCHA na capital, em Cartum, o número de pessoas afetadas pelas chuvas alcança os 550.000.

"Podemos esperar um ano excecional que irá ultrapassar os números de 2019", afirmou Belanger, acrescentando que, caso seja necessário, o Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas está pronto a fornecer "os fundos" para enfrentar as consequências das cheias.

Em 2019, este fundo alocou 29 milhões de dólares (24,5 milhões de euros, ao câmbio atual) para países afetados pelas cheias em 11 países africanos.

A ocorrência das inundações promove doenças relacionadas com a água e potencial má qualidade desta, incluindo cólera, malária e dengue.

Entre os países mais afetados está o Níger, onde 71 pessoas morreram e 350.000 ficaram afetadas, segundo a avaliação divulgada hoje pela proteção civil nigerina.

A OCHA acrescenta que, além da ajuda às vítimas da catástrofe, este país necessita de "10 milhões de dólares [8,4 milhões de euros] apenas para assistência humanitária".

O Senegal, onde a capital, Dakar, foi atingida, registou seis mortes, enquanto no Chade cerca de 190.000 pessoas foram afetadas pelas cheias.

No caso da Nigéria, o estado de Borno contabiliza 26.000 pessoas afetadas.

Além destes, também Camarões, Chade e Gana registaram danos consideráveis, segundo a AFP.

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