"Embora as medidas atuais sejam críticas, ainda há grandes lacunas na preparação e na resposta a uma pandemia global", disseram os ministros do grupo dos 20 países mais ricos, num comunicado conjunto emitido no final da reunião, na qual se comprometeram a trabalhar para que o mundo fique "mais bem preparado" para futuras crises sanitárias.
Os ministros do G20 também concordaram que a pandemia de covid-19 revelou algumas "vulnerabilidades" nas competências de comunidade a nível internacional para prevenir, detetar e responder de forma efetiva às ameaças à saúde pública.
Assim, este grupo de responsáveis do G20 pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre outras organizações, para continuarem a desenvolver esforços para integrar as informações disponíveis sobre a pandemia, permitindo antecipar cenários de impacto económico da crise sanitária.
No seu discurso de abertura da reunião por vídeoconferência, o ministro das Finanças saudita, Mohamed al Yadaan, lembrou que os surtos infecciosos estão a tornar-se cada vez mais frequentes e lembrou os casos da propagação do ébola, da gripe suína ou da síndrome respiratória, que ocorreram entre 2011 e 2018.
O responsável governamental da Arábia Saudita disse que esses surtos já tinham levado os especialistas a suspeitarem que uma pandemia "altamente infecciosa, rápida e global" poderia ocorrer, antecipando a realidade do novo coronavírus.
Al Yadaan referiu as várias medidas e linhas de trabalho implementadas pelo G20, nos últimos meses, mas alertou que muito mais será necessário.
"Tudo isso será insuficiente se não nos prepararmos para o futuro. Estou certo de que todos reconhecemos que a pandemia de covid-19 revelou vulnerabilidades sistemáticas na nossa capacidade para prevenir e responder às ameaças", concluiu al Yadaan.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 941.473 mortos e mais de 29,9 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.