"Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de ficar em casa. Isso é para os fracos", disse o chefe de Estado a produtores rurais e apoiantes num evento no estado de Mato Grosso, no centro-oeste brasileiro, citado pela imprensa local.
"Sempre disse que o vírus era uma realidade, e tínhamos de enfrentá-lo. Nada de se acovardar perante aquilo de que não podemos fugir", acrescentou.
O Presidente afirmou ainda que o agronegócio deu segurança alimentar ao país.
"O agronegócio, em grande parte, evitou que o Brasil entrasse num colapso económico, e mais do que isso: deu-nos segurança alimentar, não só a 210 milhões de brasileiros, bem como mais de mil milhões de outras pessoas que vivem ao redor do mundo", salientou Bolsonaro.
Na semana passada, o chefe de Estado, que desde o início da pandemia se mostrou bastante cético em relação à gravidade da doença e se opôs ao isolamento social, declarou que o Brasil está entre os países que menos sofreu com a covid-19.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,4 milhões de casos e 134.935 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.
Na deslocação a Mato Grosso, um dos estados mais afetados pelos fogos que lavram fortemente no Pantanal, Bolsonaro informou que enfrentou problemas na aterragem da sua aeronave devido à fraca visibilidade.
"Hoje quando o avião foi aterrar, ele arremeteu. Foi a segunda vez na minha vida que aconteceu isso. Uma vez aconteceu no Rio de Janeiro, e, obviamente, algo anormal está a acontecer, no caso é que a visibilidade não estava muito boa", explicou o Presidente.
A manobra de arremeter ocorre quando o piloto decide subir novamente com o avião quando a aeronave já está em operação de pousar, em direção ao solo.
Segundo a administração do aeroporto, o problema deveu-se ao fumo na região, que dificultou a aterragem.