Nas últimas 24 horas, aquele estado australiano, cuja capital é Melbourne, registou apenas cinco novos casos de coronavírus, o valor mais baixo desde 12 de junho, além de três mortes, informaram as autoridades.
Victoria registou um novo surto da doença no final de junho, obrigando ao confinamento em 08 de julho e ao encerramento da fronteira com o estado vizinho de Nova Gales do Sul.
Na sua origem terão estado violações das regras de segurança nos hotéis designados para realizar a quarentena obrigatória de viajantes vindos do estrangeiro.
De acordo com a imprensa local, os seguranças terão deixado os viajantes sair dos quartos ou mesmo tido relações sexuais com pessoas em quarentena.
O executivo de Victoria saudou a redução do número de casos e garantiu o levantamento progressivo das restrições, caso esta tendência se confirme nos próximos dias.
A partir de hoje, os setores da construção e das indústrias transformadoras vão retomar as atividades, anunciou o governo.
As creches também reabriram e as cerimónias religiosas vão poder ser organizadas para um público reduzido.
Apesar do fim do recolher obrigatório noturno, em vigor desde o início de agosto, os residentes naquele estado australiano vão continuar sujeitos a medidas restritivas, com circulação limitada a um raio de cinco quilómetros para uma série de atividades claramente definidas, incluindo exercício físico e compras de bens alimentares.
As lojas não essenciais continuam fechadas e os restaurantes só podem servir comida de 'take-away', o que tem causado protestos no setor da restauração.
As autoridades também anunciaram que passam a ser permitidos encontros até ao limite de cinco pessoas provenientes de dois agregados familiares, no máximo.
Desde o início da pandemia, a Austrália registou 27 mil casos e 875 mortes, a esmagadora maioria com origem em Victoria.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.