Polícia trava festa com mil estudantes nos EUA. Governador defende jovens
Polícia queixa-se de inúmeras chamadas sobre ajuntamentos e festas de estudantes. Governador diz que é normal e que são de baixo risco.
© Octavio Jones/Getty Images
Mundo Covid-19
Com o regresso dos estudantes às escolas e universidades, e progressivo desconfinamento do país, as autoridades policiais de Tallahassee, onde se situa o campus da Universidade Estadual da Florida, indicaram que receberam mais de uma dúzia de denúncias sobre ajuntamentos durante o fim de semana.
De acordo com comunicado do departamento de polícia de Tallahassee, um desses ajuntamentos tinha mais de mil jovens, perto de um complexo de apartamentos universitários. Os agentes chegaram ao local perto da meia-noite de sábado e conseguiram dispersar a multidão com segurança, e com a ajuda de um helicóptero da polícia do condado de Leon.
Estas festas de estudantes acontecem numa altura em que quase 1.500 estudantes obtiveram teste positivo para o novo coronavírus na Florida, desde o dia 2 de agosto.
O governador daquele estado, Ron DeSantis, pede "uma espécie de carta de direitos para os estudantes" que os proteja dos castigos "draconianos" que estão em vigor para quem viole as medidas de restrição.
"Isto é o que os estudantes fazem, e eles são de baixo risco", disse o governador republicano, sobre as inúmeras festas. "Eu acho que temos que ser razoáveis em relação a esta matéria e focar os esforços onde existe o maior risco".
John Thrasher, presidente da Universidade Estadual da Florida, apelou aos estudantes, no mês passado, para que cumpras as medidas de distanciamento e para que usem máscara, admoestando quem organizar ou participar em festas ou ajuntamentos. "As escolhas que fazem não vos impactam só a vocês. Impacta os vossos amigos, família, professores, funcionários da universidade e a comunidade de Tallahassee no geral", avisou.
No que toca à pandemia de Covid-19, os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado pela doença, totalizando 7,14 milhões de infetados e 204 mil mortos, segundo as contas da Universidade de Medicina Johns Hopkins.
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