Botsuana prolonga estado de emergência por mais seis meses
O Governo do Botsuana decidiu prolongar por mais seis meses o estado de emergência para combater a propagação da pandemia de covid-19, mantendo várias restrições, entre elas limites às entradas de estrangeiros e turismo.
© Reuters
Mundo Pandemia
"O peso da doença tornou claro e imperativo para nós que é preciso prolongar o estado de emergência pública no interesse do público", disse o Presidente, Mokgweetsi Masisi, num discurso no parlamento, citado pela agência Associated Press.
O prolongamento das medidas de emergência contrasta com a abordagem seguida pelos vizinhos África do Sul e Zimbabué, que começam a reabrir as economias.
O Zimbabué é um país da África Austral sem ligações ao mar, com 2,3 milhões de habitantes, e registou 3.172 casos de infeção pelo novo coronavírus e 16 mortos, segundo os dados do Centro de Controlo e Prevenção da União Africana (África CDC).
O país vai, assim, continuar a restringir os ajustamentos públicos, mas mantém a abertura de escolas e permite a venda de álcool durante algumas horas, para além de exigir a utilização de máscaras em todos os espaços públicos.
Para a oposição, a medida é errada e agrava as dificuldades económicas familiares: "As famílias enfrentam graves dificuldades financeiras, com cortes nos salários do turismo e sem apoios públicos para as ajudar", disse o líder do Partido do Congresso do Botsuana, na oposição, Dumelang Saleshando.
África registou mais 310 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, subindo para 35.750 óbitos, num total de 1.465.023 infetados, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.
De acordo com o África CDC, nas últimas 24 horas houve nos 55 Estados-membros da organização mais 5.309 casos da doença e 4.877 recuperados, para um total de 1.210.548.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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