Nas eleições gerais de 2021, a taxa de participação à mesma hora foi de 36,5%.
Numa breve declaração à comunicação social, Brand explicou que esta percentagem exclui o voto por correspondência.
Cerca de 60 milhões de cidadãos são hoje chamados às urnas para eleger um novo parlamento com 630 lugares.
A presidente da Comissão Eleitoral disse que este valor de 52%, que descreveu como "elevado", é uma projeção baseada em dados de participação em mesas de voto selecionadas.
Brand manifestou a esperança de que o dia das eleições seja caracterizado por uma elevada taxa de participação eleitoral, que em 2021 atingiu 76,4%, e apelou a todos os que ainda não votaram para que o façam antes das 17h00, hora de encerramento das assembleias de voto.
As sondagens apontam o bloco conservador formado pela União Democrata-Cristã (CDU), liderada pelo chanceler Friedrich Merz, e a União Social-Cristã da Baviera (CSU) como favoritos nestas eleições, com cerca de 30 % dos votos.
Em segundo lugar nas intenções de voto está a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, que, com 21%, mais do que duplicaria os seus resultados de 2021, seguida pelos sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz, com 15%.
Os Verdes ficariam em quarto lugar com 13% e a Esquerda com 7% em quinto lugar.
Resta saber se os liberais e a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), conseguirão ultrapassar a barreira dos 5 % para aceder à câmara baixa ou "Bundestag".
Scholz e Merz votaram nas respetivas assembleias de voto quase ao mesmo tempo, o primeiro em Potsdam (leste) e o segundo em Niedereimer (oeste), antes de se deslocarem para Berlim para aguardar as sondagens à saída e a contagem dos votos.
O candidato dos Verdes, o vice-chanceler e ministro da Economia e do Clima Robert Habeck, já votou antecipadamente na sua secção de voto em Flensburg (norte).
Entretanto, a candidata da AfD, Alice Weidel, que mais uma vez recebeu o apoio aberto do magnata da tecnologia Elon Musk nas suas redes sociais no domingo, já votou por correspondência.
Na sua rede social X, Musk, partilhou uma mensagem com uma fotografia que mostra um boletim de voto com as cruzes colocadas nas caixas da AfD numa das assembleias de voto alemãs.
Entre os poucos incidentes registados no dia das eleições, um homem armado com uma faca insultou os membros da mesa de voto numa assembleia de voto na Renânia do Norte-Vestefália, no oeste do país, tendo sido detido.
Na cidade de Rostock, no norte da Alemanha, o guarda de uma assembleia de voto descobriu vários graffitis com suásticas, um símbolo anticonstitucional, e 'slogans' que insultavam os antifascistas.
Estas eleições legislativas foram antecipadas em cerca de sete meses devido ao colapso, em novembro passado, da coligação liderada por Scholz, por falta de acordo em relação à reforma do chamado 'travão da dívida' para fazer face à recessão económica que a Alemanha enfrenta há dois anos.
Elas decorrem num contexto de crise económica, após dois anos de recessão, com as exportações, principal motor da maior economia da Europa, altamente penalizadas pela concorrência chinesa e ameaçadas pelas tarifas anunciadas pela nova administração norte-americana, desde a posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.
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