"Um avião SU-25 arménio foi abatido por um F-16 turco vindo do território do Azerbaijão", afirmou a porta-voz do Ministério da Defesa da Arménia, Chuchan Stepanian, numa mensagem através do Facebook, especificando que o piloto arménio do aparelho "morreu como um herói".
No entanto, a Turquia respondeu de imediato negando ter abatido o avião.
"A alegação de que a Turquia abateu um caça arménio é absolutamente falsa", afirmou o diretor de comunicações da Presidência turca, Fahrettin Altun.
Desde domingo passado que as forças do enclave separatista, apoiado politicamente, economicamente e militarmente pela Arménia, um país de religião cristã ortodoxa, e as do Azerbaijão se confrontam nos combates mais sangrentos desde 2016.
No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh.
Integrada em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, a região proclamou unilateralmente a independência em 1991, com o apoio da Arménia.
Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite uma mediação russo-norte-americana-francesa designada Grupo de Minsk. No entanto, as escaramuças armadas permaneceram frequentes.
Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos.
Os combates recentes mais significativos remontam a abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.
O regresso do conflito armado a esta região separatista arménia do Nagorno-Karabakh está a suscitar receios sobre uma guerra em larga escala entre a Arménia e o Azerbaijão no Cáucaso do sul, onde Ancara e Moscovo disputam zonas de influência.
O Conselho de Segurança da ONU tem prevista para hoje uma reunião de emergência à porta fechada sobre a situação.