Covid-19: Donald Trump pode ter alta hospitalar amanhã
Equipa médica fez este domingo um novo balanço do estado clínico do Presidente norte-americano, dando conta que Donald Trump pode receber alta hospitalar já esta segunda-feira.
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Mundo Pandemia
A equipa médica responsável por Donald Trump no Walter Reed traçou, este domingo, um balanço favorável do estado clínico do Presidente norte-americano que deverá ter alta esta segunda-feira, dia 5.
Donald Trump, que foi hospitalizado na sexta-feira depois de ter contraído Covid-19, completou no sábado a segunda dose de remdesivir e hoje "sente-se bem" e não manifesta efeitos secundários dos tratamentos, frisou o médico Brian Garibaldi em conferência de imprensa este domingo.
"Se continuar a sentir-se tão bem como hoje, a nossa expectativa é planear a alta já amanhã para a Casa Branca, onde poderá continuar seu tratamento", adiantou o médico.
Garibaldi disse ainda que o Presidente "está a pé e bem", e que o plano é tê-lo "fora da cama" durante o dia de hoje o máximo de tempo possível.
No mesmo sentido, o médico da Casa Branca, citado pela Associated Press (AP), disse que o estado de saúde do Presidente "continuou a melhorar". Sean Conley revelou também que Donald Trump foi tratado com um esteróide, depois de duas descidas dos seus níveis de oxigénio, no sábado.
Apesar das melhoras registadas, Conley disse que Donald Trump teve "febre alta" na sexta-feira, e que os níveis de oxigénio desceram para 93%, sem sensação de perda de fôlego.
Relativamente aos relatos contraditórios acerca do estado de saúde do Presidente divulgados no sábado, quer pela equipa médica que o acompanha, quer pela Casa Branca, Sean Conley disse que quis "refletir a atitude positiva" de Trump na comunicação à imprensa.
"Estava a tentar refletir a atitude positiva da equipa, que o Presidente e que a evolução da doença tiveram", disse.
Conley acrescentou que "não quis dar nenhuma informação que poderia levar o curso da doença noutro sentido", e que ao fazê-lo "saiu como se se estivesse "a tentar esconder alguma coisa, o que não era necessariamente verdade".
No sábado, o chefe de pessoal da Casa Branca, Mark Meadows, disse que Donald Trump passou por um período "muito preocupante" na sexta-feira e que as próximas 48 horas seriam "críticas" para a recuperação do Presidente norte-americano.
"Ainda não estamos num caminho claro para uma recuperação completa", disse Mark Meadows, contradizendo a avaliação avançada por pessoal da Casa Branca desde que Trump revelou o seu diagnóstico, bem como pelos seus médicos.
Trump terá recebido oxigénio na sexta-feira
A conferência de imprensa do Comandante da Marinha e médico Sean Conley, no sábado, levantou mais questões do que aquelas a que respondeu, pois Conley recusou-se repetidamente a dizer se o Presidente alguma vez precisou de oxigénio suplementar e a discutir exatamente quando ficou doente.
"Quinta-feira sem oxigénio. Nenhum, neste momento. E ontem [sexta-feira] com a equipa, enquanto estivemos todos aqui, ele não estava a oxigénio", disse Conley.
Mas, de acordo com uma pessoa, citada sob anonimato pela agência Associated Press, Trump recebeu oxigénio na Casa Branca na sexta-feira, antes de ser transportado para o hospital militar.
Trump tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do vírus que infetou mais de 7 milhões e matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.
Na sexta-feira Donald Trump anunciou na sua página pessoal da rede social Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao coronavirus e que iria ficar em quarentena.
Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.
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