De acordo com a ONG, a polícia prendeu Trang na noite de terça-feira na casa onde vivia, na cidade de Ho Chi Minh, alegadamente por "produzir, armazenar, divulgar ou propagar informações, materiais e produtos que se opõem à República Socialista do Vietname".
Nascida em 1978, Pham Doan Trang tornou-se nos últimos anos numa das vozes mais proeminentes contra o regime comunista em Hanói, em questões como o ambiente, os direitos das mulheres, a brutalidade policial e a repressão contra ativistas.
Em julho, a jornalista vietnamita disse que foi obrigada a encerrar uma editora que tinha criado em 2019, juntamente com um grupo de ativistas, para publicar livros de natureza política, críticos em relação às autoridades, devido ao assédio das forças de segurança vietnamitas.
O diretor-adjunto da HRW para a Ásia, Phil Robertson, condenou a detenção em comunicado, afirmando que se trata de "uma grave injustiça que viola os compromissos internacionais do Vietname em matéria de direitos humanos e desonra o Governo".
De acordo com as estatísticas da ONG Amnistia Internacional, o Vietname tem pelo menos 128 presos de consciência, com o último balanço da organização dissidente Defendam os Defensores a elevar esse número para 258.