Países ibero-americanos querem minimizar efeitos do surto na Educação

Os ministros da Educação dos países ibero-americanos discutiram hoje o impacto da pandemia da covid-19 no ensino, concordando sobre modelos de aprendizagem mais flexíveis, escola digital e formação ao longo da vida para minimizar efeitos negativos.

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Lusa
08/10/2020 19:48 ‧ 08/10/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

As medidas foram discutidas durante a 27.ª Conferência Ibero-americana sobre Educação, organizada pela Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), que juntou hoje por videoconferências os ministros de 22 países, incluindo Portugal.

Em comunicado, a organização adianta que os responsáveis nacionais pela Educação acordaram um conjunto de ações para minimizar os efeitos negativos da pandemia, que afetou cerca de 177 milhões de estudantes ibero-americanos com o encerramento das escolas.  

No conjunto das medidas, o objetivo é garantir a continuidade do ensino mesmo em contextos adversos, como o atual, e melhorar a sua qualidade.

A promoção de modelos de aprendizagem mais flexíveis e personalizados, para incentivar a aprendizagem ao longo da vida, que incluam o empreendedorismo e a inovação de forma integrada e transversal nos currículos é uma das formas de os países se aproximarem desse objetivo.

Por outro lado, os governantes dos 22 países acordaram em formular um plano de ação para a escola digital, que permita fazer progressos na incorporação de recursos digitais nos processos de ensino e aprendizagem, respondendo a uma das principais dificuldades sentidas durante o confinamento.

Segundo a OEI, "nos países ibero-americanos mais de 90% das famílias mais abastadas têm acesso à Internet, enquanto nas mais pobres, são apenas 30%".

A promoção da escola digital passa também pela formação dos professores e, nesse sentido, a promoção da formação contínua dos docentes, incluindo no âmbito das competências digitais, foi outro dos compromissos.

O objetivo, explica a OEI, é facilitar a adaptação dos professores a ambientes virtuais e híbridos através da aplicação de metodologias de ensino não presenciais, um novo modelo que as escolas se viram obrigadas a implementar devido à pandemia.

A secretária-geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan, considerou que a crise pandémica afetou profundamente muitos mercados, que vão mudar permanentemente, implicando que a própria Educação seja, também por isso, repensada.

A conferência de onde saíram estas medidas faz parte do calendário das reuniões preparatórias da XXVII Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, que se realiza em Andorra no próximo ano.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e sete mil mortos e mais de 36,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.050 pessoas dos 82.534 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

 

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