O Ministério da Saúde brasileiro reportou, esta quinta-feira, 27.750 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, um número ligeiramente inferior ao notificado ontem (31.553). Desde o início da pandemia, o país contabiliza 5.028.444 casos confirmados de infeção pela Covid-19.
No que diz respeito ao número de mortes, o total acumulado é de 148.957, um aumento de 729 face a ontem.
O Brasil, sublinhe-se, é o país lusófono mais afetado pela pandemia e o segundo país do mundo com mais mortes e casos de infeção pelo novo coronavírus, estando apenas atrás dos Estados Unidos.
Dos mais de cinco milhões de casos confirmados, 4.414.564 foram dados como recuperados e 464.923 estão sob acompanhamento médico.
O site da tutela indica ainda uma taxa de letalidade de 3,0%. Sobre a incidência da doença, é anunciada uma taxa de mortalidade calculada em 70,9 mortes por cada 100 mil habitantes e 2392,8 casos por cada 100 mil habitantes.
O foco da pandemia no país continua a ser São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, com 46 milhões de habitantes, que totaliza 1.022.404 casos confirmados, sendo seguido pela Bahia (321.798), Minas Gerais (315.041) e Rio de Janeiro (280.144).
Já as unidades federativas com mais mortes são São Paulo (36.884), Rio de Janeiro (19.110), Ceará (9.111) e Pernambuco (8.387).
Em conferência de imprensa na tarde de hoje, o Ministério da Saúde brasileiro informou que deverá ter cerca de 142 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para aplicar na população no primeiro semestre de 2021, tendo em conta o contrato firmado com a farmacêutica AstraZeneca e a participação do país no programa global Covax Facility, liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"O Governo Federal anunciou o investimento, no final de setembro, de 2,5 mil milhões de reais (380 milhões de euros) em crédito extraordinário para o Brasil aderir à Covax Facility. Essa medida vai resultar na compra de cerca de 42,5 milhões de doses, de modo a assegurar a cobertura de 10% da população brasileira, o equivalente a 21.255.900 de pessoas", indicou a tutela da Saúde em comunicado.
"O Ministério da Saúde também estabeleceu um acordo com a empresa Astrazeneca para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina, numa primeira fase. Após a incorporação de tecnologia numa segunda fase, a previsão é a produção de 165 milhões de doses até o final de 2021", acrescentou o executivo.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), instituição científica brasileira que colabora com a Astrazeneca, cada dose do imunizante terá o valor de 3,16 dólares (2,69 euros, no câmbio atual).
A Polícia Federal em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, cumpriu hoje mandado de busca e apreensão na sede de uma empresa que atua no ramo hospitalar, devido a uma alegada venda irregular de doses de vacina contra a Covid-19, ainda em desenvolvimento.
Segundo o jornal O Globo, a empresa investigada não possui qualquer tipo de autorização ou de acordo com as autoridades de Saúde ou empresas que desenvolvem as vacinas. A suspeita é de que os responsáveis pela companhia se aproveitaram do período de pandemia para criar a ilusão de que já possuíam o imunizante, perpetuando assim a fraude.