Donald Trump subiu ao palco em Sanford, no estado da Florida (sudeste), e declarou estar de boa saúde, dizendo que se sentia "poderoso" e suficientemente bem para mergulhar na multidão e "beijar os homens e as mulheres bonitas".
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), o comício realizou-se sem distanciamento social, e o uso de máscaras não era generalizado entre os milhares de pessoas presentes.
A ação de campanha para as presidenciais de 03 de novembro durou cerca de uma hora.
Trump esteve afastado da campanha eleitoral durante mais de dez dias, depois de ter testado positivo para o vírus em 02 de outubro.
O médico da Casa Branca, Sean Conley, disse, na segunda-feira, que o republicano obteve testes negativos à presença do novo coronavírus SARS-CoV-2 durante "vários dias consecutivos", através dos denominados "testes rápidos", e foi autorizado a viajar.
De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), a informação foi transmitida por Conley durante uma declaração particularmente confusa, uma vez que o médico explicou que Trump testou negativo à presença do novo coronavírus, mas através de um teste rápido e não através da despistagem padrão à qual estão a ser submetidos, diariamente, centenas de milhares de norte-americanos.
Os "testes rápidos" correspondem à despistagem antigénica, que é menos sensível do que a testagem molecular tradicional.
O médico do chefe de Estado norte-americano também não especificou em que dias foram feitos os exames, mas disse que os testes antigénicos não foram os únicos indicadores que determinaram que Trump já não está infetado.
A equipa médica que supervisiona o estado de saúde de Trump também disse que o Presidente já "não é contagioso".
A declaração foi divulgada na mesma altura em que o chefe de Estado estava a bordo do avião presidencial, o Air Force One, em direção à Florida, para o primeiro comício desde que contraiu a doença.
O comício na Florida, um estado-chave para Trump, marcou o arranque de uma semana de viagens para o Presidente, que inclui igualmente paragens nos estados da Pensilvânia (nordeste), Iowa (centro oeste) e Carolina do Norte (sudeste).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.