O recorde anterior, de 232 mortes em 24 horas, foi registado no dia 29 de maio, em pleno confinamento no país.
A Rússia também contabilizou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, mais de 13.000 novos casos diários (com 13.868 registos).
Um total de 1,32 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus foi detetado desde março e 22.966 mortes foram registadas no país.
As autoridades russas continuam a referir que o país tem uma mortalidade mais baixa do que a Europa Ocidental, os Estados Unidos ou o Brasil.
Alguns críticos, no entanto, consideram o número de mortes no país subestimado, já que a Rússia contabiliza apenas os casos em que a doença de covid-19 é considerada a principal causa de morte.
Apesar do ressurgimento da epidemia, as autoridades russas afirmam que a situação está sob controlo e querem a todo o custo evitar novas medidas rígidas de contenção com efeitos devastadores para uma economia que já estava lenta antes da pandemia.
A Rússia também conta com a eficácia da primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus, chamada Sputnik-V, como o primeiro satélite espacial fabricado pela União Soviética.
Atualmente, a vacina está a ser testada em 40.000 voluntários, mas é vista com ceticismo por muitos especialistas estrangeiros, especialmente porque a investigação russa não foi publicada e o produto foi considerado um sucesso incondicional após testes muito limitados em algumas dezenas de pessoas.
No entanto, grande parte da elite política russa declarou que foi vacinada. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse inclusivamente que uma de suas filhas foi vacinada.
O Governo russo espera distribuí-la em grande escala no país antes do final do ano.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.094 pessoas dos 87.913 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.