O decreto, assinado pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, válido por 30 dias, proíbe bares e restaurantes de atender e servir bebidas alcoólicas a clientes que não estejam sentados após as 21h00. O encerramento destes estabelecimentos deve ser à meia-noite.
O documento proíbe festas e celebrações em espaços exteriores e também em locais fechados, limitando a seis o número de convidados em casa.
Itália registou 4.619 novos casos de covid-19 na segunda-feira, um recorde desde abril, mas que parece estabilizado e muito mais baixo do que as taxas de contaminação observadas, por exemplo, em França ou em Espanha.
O país tenta evitar um novo confinamento geral como o da primavera, que prejudicou a atividade da terceira economia da zona do euro.
O decreto foi negociado com as regiões, responsáveis diretas pela gestão da saúde, mas o chefe do Governo não descartou a adoção de medidas ainda mais coercitivas no futuro caso a situação continue a se agravar.
Também estão proibidos quaisquer desportos de contacto que não sejam organizados por uma associação que possa manter regras de distanciamento. Casamentos e batismos não podem acomodar mais de 30 pessoas.
Desde a semana passada, o uso de máscara, já amplamente respeitado, passou a ser obrigatório em todo o país, inclusive nos espaços exteriores.
Ao mesmo tempo, a Itália também flexibilizou seu protocolo de saúde vinculado à quarentena de casos de contacto e ao isolamento de casos positivos.
Até ao momento, em caso de teste positivo, a regra era impor 14 dias de isolamento e dois testes negativos ao final desse período para poder sair de casa.
Agora a quarentena será de dez dias e um único teste negativo será o suficiente para estabelecer que uma pessoa está curada.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.094 pessoas dos 87.913 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.