As autoridades proibiram reuniões de mais de quatro pessoas e a publicação de notícias que poderiam prejudicar a segurança nacional, de acordo com o anúncio das novas medidas transmitidas pelo canal público.
Milhares de manifestantes pró-democracia saíram às ruas do centro histórico de Banguecoque na quarta-feira para exigir a demissão do Governo e reformas para limitar o poder dos militares e da monarquia, sendo esta última uma questão altamente controversa no país.
O protesto, que coincidiu com o aniversário da revolução estudantil de 1973, foi, de forma geral, pacífico, e registou um gesto de rebeldia sem precedentes, pois os manifestantes bloquearam o caminho à caravana de carros que transportavam membros da casa real, incluindo a Rainha Suthida.
O Governo justifica o estado de emergência a fim de pôr fim aos protestos, que começaram em julho e têm vindo a ganhar força, e de manter a paz e a ordem.
Na sequência da publicação das medidas, com efeito imediato, a polícia começou a dispersar centenas de manifestantes que passaram a noite em frente à sede do poder executivo e, segundo os advogados tailandeses para os direitos humanos, detiveram pelo menos três dos líderes das manifestações.
Os manifestantes pedem também a saída do primeiro-ministro, o general Prayut Chan-O-Cha, no poder desde um golpe em 2014, e legitimado por eleições polémicas realizadas no ano passado. Além disso, é exigida ainda uma modificação da Constituição, implementada em 2017 sob a junta e muito favorável ao Exército.
Os líderes do movimento pró-democracia esperavam reunir dezenas de milhares de manifestantes na quarta-feira, o 47.º aniversário da revolta estudantil de 1973.