Fauci diz que é "um disparate total" apoiar a imunidade de grupo, enquanto conceito que defende que a propagação do vírus irá parar logo que uma parte importante da população seja contagiada, tornando-se imune.
O Governo do Presidente Donald Trump admitiu esta semana estar a ponderar mudar a estratégia de combate à pandemia de covid-19 através da adoção do modelo de imunidade de grupo, socorrendo-se de uma declaração conjunta de vários especialistas em imunologia em apoio dessa estratégia.
"Se conversarem com alguém que tenha alguma experiência em epidemiologia e doenças infecciosas, eles dirão que isso é muito arriscado e que acabarão com muitos mais contágios em pessoas vulneráveis, o que levará a mais hospitalizações e mortes", disse Fauci, durante uma entrevista televisiva.
"Eu acho que basta olharmos para os números e perceber que isso é um absurdo", explicou o consultor da Casa Branca, referindo-se ao facto de os EUA liderarem neste momento o mundo em número de casos de contaminação (cerca de oito milhões), incluindo mais de 217 mil mortes.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.