De acordo com o coronel Mohamed Hassan, o ataque aconteceu na noite de quarta-feira, numa aldeia próxima da cidade de Afgoye, a 30 quilómetros da capital somali, Mogadíscio.
"Os soldados viajavam em dois veículos quando foram emboscados perto de Afgoye. Mais de 10 soldados foram mortos, incluindo o seu comandante", disse o coronel, citado pela AFP.
O responsável acrescentou que outros soldados ficaram feridos, não tendo avançado com qualquer número.
O al-Shabab reivindicou o ataque, de acordo com uma declaração emitida pela organização especializada na monitorização de grupos 'jihadistas' SITE.
"Vinte e quatro elementos da milícia governamental foram mortos, incluindo três oficiais. Outros 32 ficaram feridos. Veículos militares foram destruídos e o equipamento foi tomado", refere o al-Shabab, citado pela AFP.
O al-Shabab, que faz uma guerra de guerrilha contra o regime somali desde 2008, tem frequentemente como alvos locais militares em Mogadíscio e controla grande parte do sul e do centro da Somália, com poucos sinais de ter sido prejudicado pela pandemia do novo coronavírus.
A Somália encontra-se em estado de guerra e caos desde 1991, quando Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de milícias islâmicas radicais, "senhores da guerra" e bandos de criminosos armados.
A força de manutenção da paz da União Africana (AMISOM), criada em 2017, recuperou o controlo de grande parte do país que estava nas mãos de rebeldes islâmicos, permitindo o surgimento de instituições políticas que se mantêm, no entanto, muito frágeis.