O alegado suspeito da decapitação de um homem, nos arredores de Paris, em França, terá gritado "Allah 'Akbar" ("Deus é grande" em árabe) quando foi baleado pela polícia, dá conta a agência France-Presse (AFP).
Fonte da polícia, citada pela AFP, explicita que a vítima era um professor de História, que terá exibido caricaturas do profeta Maomé durante uma disciplina sobre liberdade de expressão.
De acordo com uma fonte da investigação a este homicídio, a polícia também está interessada numa fotografia na rede social Twitter, através de um utilizador que, entretanto, encerrou a conta, da cabeça decapitada da vítima.
As autoridades estão a tentar perceber se esta fotografia foi publicada pelo alegado autor do homicídio ou por outra pessoa.
A AFP dá conta de que a fotografia acompanhava uma mensagem dirigida ao Presidente francês, Emmanuel Macron, apelidado de "o líder dos infiéis".
"Executei um dos cães infernais que ousou menosprezar Muhammad [o profeta Maomé]", explicitaria esta mensagem.
O homicídio ocorreu cerca das 17h locais (16h em Lisboa), nas imediações do colégio de Bois d'Aulne, em Conflans-Sainte-Honorine.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, já considerou a decapitação do professor de História um "característico ataque terrorista islâmico", acrescentando que "o obscurantismo não vencerá".
A brigada antiterrorista foi, entretanto, acionada, porque o assunto estava a ser tratado como um ataque de natureza terrorista e o suspeito continuaria nas imediações do colégio.
Os agentes da polícia encontraram a vítima decapitada e 200 metros adiante detiveram um homem que transportava uma arma branca e que ameaçou os agentes, que o balearam. A AFP garante que o suspeito acabou por morrer.
As autoridades suspeitam "homicídio em conexão com uma organização terrorista" e de "associação criminosa terrorista".
França ainda tem na memória o ataque à publicação satírica Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, por causa da publicação de caricaturas do profeta Maomé.
No final de setembro um homem com uma arma branca atacou os funcionários de uma agência de notícias que trabalharam no edifício onde estava sediada a publicação satírica, em Paris. O ataque fez vários feridos.
O autor deste crime, um cidadão paquistanês, foi detido pouco depois e confessou o ataque.