"Desejo informar o público que esta tarde eu e a minha mulher recebemos o resultado do teste positivo de covid-19", escreveu o ministro, acrescentando que foi fazer o teste no sábado, depois de sentir fadiga e perda de apetite.
O ministro Zweli Mkhize é o quinto governante sul-africano a ficar infetado, depois dos colegas do Comércio, Trabalho, Recursos Minerais e Defesa.
O ministro, que se colocou em quarentena em casa, diz ter estado em contacto, na última semana, "com alguns membros da família e da equipa no Ministério da Saúde" e acrescentou que todos foram contactados.
"Foram aconselhados a isolarem-se imediatamente em casa e a serem testados", disse o ministro, citado pela agência de notícias francesa, a AFP.
A África do Sul é responsável por 43% dos casos de covid-19 no continente africano, mas conseguiu abrandar o crescimento para 2% durante setembro, o que contrasta com a propagação de 7% da doença no continente africano, de acordo com os dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
A África do Sul é o país mais afetado no continente africano, concentrando mais de 40% de todos os casos, e regista 702 mil infeções e 18.408, de acordo com os dados mais recentes do África CDC.
Nos últimos dias, a África do Sul tem abrandado as rigorosas medidas de confinamento que implementou no auge da pandemia, mas o ministro da Saúde, quando fez hoje o anúncio da sua infeção, voltou a apelar aos sul-africanos para permanecerem vigilantes e alertou para o "risco de uma segunda vaga" da doença.
O continente africano atingiu hoje as 39.559 mortes devido à covid-19, de acordo com os últimos dados apresentados pelo África CDC, que deu conta de um aumento de quase 14.300 infetados, para um total de 1.636.748.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.