Os familiares de uma mulher de 47 anos de idade, que morreu por causa do novo coronavírus, na Extremadura, indicam que a doente esteve oito dias sem conseguir atenção médica presencial, ainda que o seu estado tenha piorado bastante e que tenham sido feitas inúmeras chamadas para os serviços de urgência.
A paciente foi levada para o hospital de Aceuchal, em Badajoz, no dia 11 de outubro, onde lhe foi feito um teste PCR, cujo resultado foi positivo. Também o seu marido e um dos seus filhos acusaram positivo ao teste. A mulher estava já com sintomas respiratórios e dizia que "se sentia mal", de acordo com os relatos da família.
No dia 15 de outubro, perante o agravar dos sintomas, insistiram com os serviços de urgência e com o centro de saúde local, mas a resposta foi sempre a mesma, que "estavam muito saturados". Três horas depois, a família foi contactada por um médico, que fez uma consulta por via telefónica e receitou medicação.
No dia 16 de outubro, continuaram a insistir com os médicos, uma vez que febre chegou aos 39 graus. Indicaram que a familiar estava "desorientada" e que chegou a "deitar espuma pela boca". Receitaram-lhe calmantes, sempre por via telefónica, conforme explica a emissora Cope.
A doente continuou a manifestar sintomas e foi finalmente transportada para o Hospital de Tierra de Barros, onde acabou por falecer na madrugada de segunda-feira, 19 de outubro. Os familiares pedem responsabilidades ao serviço de saúde regional "pela gravidade" do incidente. Entre as responsabilidades exigidas, incluem os responsáveis que ignoraram as repetitivas chamadas onde se alertava para o estado de saúde da mulher.