Macron anuncia novo confinamento em França até 1 de dezembro

Este novo confinamento, com menos restrições do que o imposto em março, entrará em vigor já a partir desta sexta-feira, dia 30, e manter-se-á até dezembro, anunciou o presidente francês.

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Sílvia Abreu com Lusa
28/10/2020 19:10 ‧ 28/10/2020 por Sílvia Abreu com Lusa

Mundo

Pandemia

Numa declaração ao país ao início da noite desta quarta-feira, o presidente Emmanuel Macron anunciou novas medidas para combater a pandemia da Covid-19, dizendo que o vírus está a circular em França, "a uma velocidade que nem as previsões mais pessimistas previam". 

Alertando para o facto de os hospitais franceses estarem no limite, Macron revelou que, a partir de sexta-feira, vigorará um novo confinamento no país. Esta medida manter-se-á até, pelo menos, dia 1 de dezembro - tal como acontecerá na Alemanha.

"Decidi que era necessário impor, a partir de sexta-feira, o confinamento que deteve o vírus. Todo o território nacional está em causa", declarou o chefe de Estado francês, destacando que é necessária uma "travagem brutal nos contágios" para evitar o colapso dos hospitais.

Contudo, este novo confinamento será diferente do decretado na primavera. "Este confinamento será adaptado", as escolas vão manter-se abertas, as visitas a lares de idosos e centros de dependência estarão autorizadas, e será generalizado o teletrabalho . "As fábricas, as explorações agrícolas e as obras públicas vão continuar a funcionar. A economia não pode parar nem afundar", afirmou.

Entre os comércios e estabelecimentos "não essenciais" que serão encerrados estão os bares e restaurantes. Macron destacou ainda que as fronteiras interiores de França e o espaço aéreo continuarão abertos e, salvo exceção, as exteriores vão manter-se encerradas, embora os franceses no estrangeiro possam regressar ao país, garantindo ainda que serão feitos testes rápidos aos viajantes que cheguem ao país.

"Fiquem o máximo possível em casa, precisamos do espírito de cidadania de todos”, apelou o chefe de Estado francês, referindo que a segunda vaga "será mais mortífera". "Se nada for feito, haverá pelo menos 400 mil mortes suplementares" dentro de alguns meses em França, afirmou Macron, salientando a necessidade de procurar a imunidade coletiva.

"Jamais a França deixará de adotar essa estratégia", que significa a "classificação entre os pacientes", os idosos enquanto principais vítimas da pandemia, acrescentou Macron.

O executivo francês avaliará a cada 15 dias a evolução da epidemia e decidirá, se necessário, a aplicação de novas restrições ou, no caso de a situação melhorar, o levantamento de algumas medidas.

O endurecimento das medidas no país surge no mesmo dia em que a Alemanha decretou um confinamento parcial, com o encerramento parcial, durante quatro semanas, de restaurantes, bares e teatros devido ao elevado aumento de casos de Covid-19.

[Notícia atualizada às 20h14]

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