As mesmas autoridades, que adiantaram que o total acumulado de mortes é de 5.934, recomendaram aos habitantes de Estocolmo, bem como aos de mais duas regiões do sul do país, para limitarem os contactos e evitarem locais fechados.
O epidemiologista sueco Anders Tegnell explicou à agência noticiosa France-Press (AFP) que, na primavera, a propagação foi "provavelmente 10 a 15 vezes maior" do que atualmente, salientando, porém, que os testes de diagnóstico foram muito menos disseminados.
"Mas, nas últimas duas ou três semanas, a propagação disparou após uma calmaria no verão", acrescentou.
Numa altura em que grande parte da Europa está a endurecer as medidas para conter a pandemia do novo coronavírus face ao aumento significativo de casos, a Suécia está a tentar "ajustá-las" à realidade, embora mantenha a estratégia de evitar qualquer confinamento ou medidas coercivas.
Os habitantes de Estocolmo, bem como os do condado de Vastra Gotaland (sudoeste) e da província de Ostergotland (sudeste), foram aconselhados hoje a evitar ambientes fechados, como bibliotecas, lojas e outros centros comerciais e a limitar interações sociais e eventos públicos.
As recomendações feitas à população das três regiões seguem-se às já efetuadas em Skane, a região mais a sul da Suécia, e à de Uppsala, a 70 quilómetros de Estocolmo, onde há vários dias foi aconselhado que se evitem os transportes públicos e as interações sociais.
Para Anders Tegnell, se os países nórdicos têm tido resultados "um pouco melhores" do que noutras regiões da Europa, a progressão na Suécia está a demonstrar-se "rápida", começando a aproximar-se do limite da capacidade do sistema de saúde local e mesmo do que as pessoas podem suportar.
Na semana passada, o número de novos casos aumentou 70% em relação à semana precedente, "uma das mais fortes altas" registada na Suécia", frisou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.