Rio terá 'réveillon' com espetáculos em seis palcos mas sem público
O Rio de Janeiro encerrará 2020 com espetáculos e concertos ao vivo em seis palcos montados na cidade brasileira, mas aos quais o público não terá acesso devido à pandemia, embora possa vê-los nas redes sociais e televisão.
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Mundo Brasil
Embora o famoso espetáculo pirotécnico de cerca de 20 minutos seja mantido, a versão virtual do 'réveillon' vai substituir a tradicional festa de despedida do ano "carioca", que é o segundo maior evento da cidade depois do carnaval, e que em 2019 reuniu cerca de 2,9 milhões de pessoas na famosa praia de Copacabana.
O formato virtual foi escolhido para manter a festa em segurança devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, que também levou à suspensão do famoso carnaval do Rio de Janeiro em fevereiro próximo.
As escolas de samba já anunciaram que não desfilarão em fevereiro para evitar a disseminação da covid-19, mas ainda não decidiram se adiarão a folia para junho ou se cancelarão.
Alguns dos detalhes do 'réveillon' de 2020 foram divulgados hoje pela prefeitura em comunicado, no qual informou que assinou um contrato com a promotora de eventos SRCOM para que organize a festa pelo 14.º ano consecutivo e que, pela primeira vez, será totalmente financiada pela iniciativa privada.
"Apesar de três empresas terem enviado as suas propostas, apenas a SRCOM compareceu na terça-feira à sessão pública em que os projetos deveriam ser apresentados", explicou a prefeitura, ao justificar a decisão de renovar o contrato com a mesma empresa dos últimos 13 anos.
De acordo com a autarquia, após análise e avaliação do projeto, a única proposta apresentada foi escolhida por "cumprir todos os requisitos exigidos e se enquadrar perfeitamente no novo modelo de 'réveillon' que a prefeitura do Rio de Janeiro planeia para a festa deste ano, que ocorre no meio da pandemia de covid-19".
O projeto prevê uma festa com formato totalmente diferente do tradicional e pensado para evitar aglomerações e outras situações que possam facilitar a transmissão da doença.
"Teremos seis palcos distribuídas por pontos turísticos emblemáticos, mas aos quais o público não terá acesso, com todas as suas áreas isoladas", explicou a prefeitura.
De acordo com o projeto, a festa transmitida em direto desde os diferentes palcos poderá ser assistida através de canais abertos de televisão e de diferentes plataformas digitais, incluindo os canais oficiais do YouTube da Riotur (empresa municipal de promoção do turismo do Rio de Janeiro).
Além dos concertos, o 'réveillon' terá o tradicional espetáculo de fogos de artifício, com efeitos visuais inéditos, que também serão lançados de diversos lugares para evitar aglomerações de pessoas.
"Haverá também uma surpresa emocionante, que apenas será conhecida na noite do último dia do ano e que todos poderão ver desde suas casas, pela televisão ou pela Internet", frisou o comunicado.
A ideia é que tanto "cariocas" quanto turistas, assim como pessoas de outras cidades e países, possam desfrutar da festa, mas evitando grandes multidões nos transportes e também na praia de Copacabana.
De acordo com a prefeitura, o novo modelo de festa vai oferecer um clima de respeito, com homenagens às vítimas da covid-19, e garantias de saúde para os profissionais responsáveis pelos espetáculos.
O Rio de Janeiro é um dos estados mais afetados pela pandemia de covid-19 no Brasil, o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,4 milhões de casos e 158.456 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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