Julgamento de ataques de 2015 em França suspenso por caso positivo

O julgamento dos ataques de janeiro de 2015 em França, incluindo à revista Charlie Hebdo, está suspenso até terça-feira inclusive, tendo o principal acusado, Ali Riza Polat, testado positivo para o novo coronavírus, disse no sábado um advogado.

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Lusa
01/11/2020 06:54 ‧ 01/11/2020 por Lusa

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Covid-19

 

Todos os 10 arguidos detidos têm de ser testados e "o reinício do julgamento vai depender dos resultados" dos exames "e da evolução do estado de saúde das pessoas em causa", segundo um 'e-mail' do presidente do tribunal, Régis de Jorna, enviado aos advogados de defesa e das partes civis.

Na quarta-feira à tarde, a audiência já tinha sido suspensa após o desconforto de Ali Riza Polat, que foi enviado de volta a um centro de detenção para ser observado por um médico, mas o julgamento foi retomado na manhã de quinta-feira.

O presidente exortou "todos a respeitarem as regras de distanciamento social". "As contestações serão feitas com máscara" e "a máscara deve ser usada corretamente", insistiu, citado pela agência France-Presse.

A suspensão da audiência por pelo menos dois dias deve perturbar o cronograma inicialmente estabelecido que tinha previsto o anúncio do veredicto para 13 de novembro.

O julgamento pelos atentados de janeiro de 2015, incluindo à revista satírica Charlie Hebdo, que marcaram o início de uma série de violentos ataques terroristas em França, começou em 02 de setembro em Paris.

No banco dos réus estão 14 pessoas, incluindo três à revelia, a ser julgadas por um tribunal especializado em casos de terrorismo, pelo seu apoio ao trio 'jihadista' que "semeou" o terror de 07 a 09 de janeiro de 2015.

Apresentado como o "braço direito" de Amédy Coulibaly, natural como ele da cidade de Grande Borne em Grigny, nos subúrbios de Paris, Riza Polat é suspeito de ter ajudado o assassino do Hiper Cacher e os irmãos Saïd e Chérif Kouachi a preparar os ataques.

Este franco-turco de 35 anos é o único réu presente em julgamento por "cumplicidade" em crimes terroristas, puníveis com prisão perpétua.

Os ataques contra o Charlie Hebdo, a polícia e o Hyper Cacher fizeram 17 mortos e geraram uma onda de choque internacional. Durante mais de dois meses de julgamento, cerca de 150 testemunhas e especialistas tomaram posse neste julgamento histórico, sob vigilância policial muito elevada.

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