Antes da pandemia, Egypt Bush, de cinco anos, visitava uma vez por semana a filial da Biblioteca Pública de Queens, em Cambria Heights, onde escolhia entre 10 a 14 livros. Em março, viu-se impossibilitada de continuar com o seu passatempo favorito devido ao novo coronavírus, que levou ao encerramento da biblioteca.
"Quando a biblioteca fechou tínhamos cerca de 10, 12 livros em casa. Ela leu-os vezes sem conta com o pai, até que um dia ele disse: porque é que não escreves tu uma história?", contou a mãe da menina, citada pelo New York Post.
Nessa noite, a menina contou ao pai uma história que imaginou e ele foi escrevendo. Foi dessa forma que nasceu o novo passatempo de Bush.
A mãe da menina, que trabalha na área de comunicação, trabalhou em conjunto com um designer gráfico para dar vida ao livro.
A pequena Egypt Bush é agora uma autora com quatro histórias publicadas. Todos os livros têm em comum o facto de serem sobre pessoas normais com superpoderes, que usam para ajudar a comunidade. Os livros têm ainda um outro detalhe, as personagens são de cor negra. "Não há muitos lugares onde pode ver crianças que se parecem com ela", disse a mãe.
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Uma revisão de 2018 sobre a diversidade na publicação infantil descobriu que apenas 10% dos livros infantis retratavam uma personagem afro-americana.