O líder do estado federal alemão de Brandemburgo, que circunda Berlim e onde fica o novo aeroporto, divulgou hoje que teve um teste com resultado positivo à doença covid-19.
Dietmar Woidke foi uma das várias personalidades que participaram na cerimónia do novo aeroporto internacional de Berlim-Brandeburgo (BER), batizado de Willy Brandt, em homenagem ao antigo chanceler da República Federal da Alemanha (1969-1974).
Após a divulgação desta informação, outros convidados que marcaram presença na cerimónia anunciaram de imediato que tinham entrado em quarentena, incluindo o ministro dos Transportes alemão (Andreas Scheuer), o presidente da câmara de Berlim, o diretor do aeroporto e o diretor-geral da companhia aérea britânica EasyJet, Johan Lundgren.
Também presente na cerimónia, o presidente da companhia aérea Lufthansa, Carsten Spohr, anunciou que já tinha sido submetido a um teste de diagnóstico.
Durante a inauguração, "os requisitos de distanciamento físico e de higiene foram respeitados", acrescentou o gabinete de comunicação da Lufthansa.
A Alemanha regista, até à data, 560.379 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus e 10.661 mortes associadas à doença covid-19.
Este é mais um episódio da saga que envolve este aeroporto internacional que está associado a várias polémicas, nomeadamente erros de engenharia, demissões, suspeitas de corrupção e processos judiciais, e que foi inaugurado com nove anos de atraso.
Encarado como um grande projeto resultante da reunificação alemã, o BER deveria ter sido inaugurado em 2011, após o início dos trabalhos de construção em 2006.
Mas os sucessivos contratempos transformaram esta obra num abismo financeiro, colocando em causa a eficiência alemã.