As projeções do New York Times colocam, neste momento (às 2h25 de Lisboa), 122 delegados de Joe Biden e 92 de Donald Trump no colégio eleitoral, uma vantagem curta e que deverá sofrer ainda várias flutuações. A CNN, mais moderada nas projeções, atribui 89 grandes eleitores a Joe Biden e 54 a Trump. Nesta fase inicial, há já pelo menos uma certeza: o líder republicano deverá manter a vitória que conseguiu em 2016 na Florida (três pontos de vantagem com 93% dos votos contados).
A Florida (29 delegados) é um dos estados-chave, aqueles que elegem mais grandes eleitores e, portanto, criam mais margem para a eleição do presidente. Entre estes estados, também a Georgia e o Michigan apresentam vantagem para o presidente incumbente, mas ambos com menos de metade dos votos contados. Se na Georgia se espera uma vitória republicana (foi assim nas últimas duas eleições), no Michigan as coisas são mais incertas.
O candidato democrata, por seu turno, está a frente na Carolina do Norte, numa altura em que estão apurados 80% dos votos. Este estado, que elege 15 delegados, pode ser uma das surpresas da noite, uma vez que deu vitória aos conservadores nas duas últimas eleições. Dependendo dos estados que ficam a 'vermelho', Joe Biden precisará, ainda, de vencer Wisconsin, Ohio e Pensilvânia. O democrata está à frente nos três estados, mas ainda nenhum passou dos 20% de votos apurados, sendo, por isso, muito precoce fazer previsões.
As vitórias nestes estados, sublinhe-se, são muito importantes porque o número de grandes eleitores que são atribuídos podem fazer virar a agulha a qualquer momento, colocando o candidato na Casa Branca.
A contagem dos boletins de voto vai prosseguir pela noite dentro, algo que este ano poderá levar mais tempo por causa do voto antecipado, por correspondência ou presencial, um mecanismo a que os eleitores recorreram de forma recorde. De acordo com o Projeto Eleitoral Norte-Americano da Universidade da Florida, mais de 101 milhões de pessoas tinham votado antes de terça-feira, o que representa 73,4% da afluência às urnas em 2016.