Eleições. Manifestações para defender contagem de votos
Grupos de ativistas convocaram diversas iniciativas em várias cidades dos EUA para expressar a defesa do voto e manter vivos os protestos contra o racismo e a brutalidade policial, enquanto se aguardam os resultados definitivos das eleições presidenciais.
© Getty Images
Mundo EUA/Eleições
A tensão que envolve a delicada atribuição de delegados no Colégio Eleitoral, de 538 membros, que vai definir o vencedor da contenda, transferiu-se para as ruas sob o slogan "Count every vote" ("Contem todos os votos").
Isto mesmo é demonstrado em reportagens dos jornalistas da agência Efe - Laura Barros, Jorge Fuentelsaz, David Villafranca e Alfonso Fernández -- em cidades como Washington, Nova Iorque, Los Angeles e Detroit.
O dia seguinte ao da votação iniciou-se sem que fosse conhecido o vencedor e com os candidatos, o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden, atentos aos resultados nos Estados do Michigan, da Pensilvânia, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte, e a um distrito do Maine.
As últimas projeções dão a Biden 264 dos 270 delegados necessários para a vitória, face aos 214 do incumbente republicano.
Trump, que se declarou vitorioso durante a madrugada de hoje, antes de conhecer os resultados definitivos, apontou para a existência de uma "fraude eleitoral", mas sem avançar provas, e ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça para interromper a contagem de votos.
As ruas não ficaram surdas à polarização política.
Na capital federal, Washington, centenas aguardaram as primeiras projeções nas proximidades da Casa Branca.
"Sem ódio, nem medo cada voto conta aqui", proclamava um grupo de pessoas, cuja marcha obrigou a interromper o trânsito em diversas ruas da cidade.
Em Nova Iorque, com a maior parte dos estabelecimentos comerciais da 5.ª Avenida protegida por painéis de madeira, também estava tudo preparado para manifestações.
No total, foram convocadas nove marchas para a tarde quarta-feira, nos distritos de Brooklyn, Manhattan e Queens, com lemas como "Diz não ao fascismo" ou "Não desejemos que Trump roube as eleições".
Já em Los Angeles, o movimento "Black Lives Matter" ("As Vidas Negras Importam") convocou para a tarde de hoje uma concentração no centro da cidade.
Ño Estado do Michigan, que se tornou o segundo Estado, depois do Wisconsin, onde a campanha de Trump recorreu ao tribunal para exigir a suspensão da contagem de votos, os manifestantes preparavam desfiles nas localidades de Ferndale, Brighton, Ann Arbor, Lansing e Grand Rapids.
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