A queixa por uso indevido da música será feita "nos próximos dias" em França e nos Estados Unidos, anunciou Richard Malka, advogado dos beneficiários dos direitos de autor citado pela agência de notícias France Press (AFP).
Durante a campanha presidencial de Donald Trump, o hit foi utilizado inúmeras vezes para encerrar os comícios mas também num "vídeo promocional que foi transmitido em todo o mundo", acrescentou o advogado.
A música de 1978 foi escrita por dois franceses - Jacques Morali e Henri Belolo - e pelo americano Victor Willis. Richard Malka é advogado dos beneficiários franceses.
"A empresa Scorpio Music, dona da obra, descobriu com espanto esta apropriação ilícita, que é partidária e eleitoral em benefício de Donald Trump, o que eles não fazem nem nunca teriam aceitado", disse Malka.
O advogado acrescentou que "este uso infrator" será " assunto de uma reclamação nos próximos dias, tanto na França quanto nos Estados Unidos, contra o autor e cúmplices do que é o roubo absoluto de propriedade de terceiros".
Além disso, alertou, os beneficiários de Jacques Morali e Henri Belolo "proíbem qualquer pessoa de transmitir o vídeo contencioso em questão sem a sua autorização", a partir deste momento.
YMCA tornou-se um hit mundial não só pela letra mas também pela coreografia dos seis elementos da banda, que aparecem vestidos de cowboy, índio, polícia, operário, motoqueiro e soldado. Nos anos 70 e 80 do século passado, a música era considerada um porta-estandarte da comunidade gay.
A campanha eleitoral para as presidenciais de 2020 nos Estados Unidos terminou na segunda-feira. Terça-feira foi o último dia em que os eleitores puderam exercer o seu direito de voto e, neste momento, ainda decorrem as contagens daquela que é uma das eleições com maior participação de sempre.
O próximo presidente dos EUA será o candidato que conseguir eleger, pelo menos, 270 delegados, e o candidato democrata Joe Biden permanece à frente enquanto decorre a contagem.