Itália soma mais 32.616 diagnósticos positivos de Covid-19, um aumento de 3,6% face ao dia anterior, fazendo aumentar o total de casos, desde o início da pandemia, para 935.104, de acordo com a atualização feita este domingo pelas autoridades.
Nas últimas 24 horas, morreram em Itália 331 pessoas infetadas com o novo coronavírus. Trata-se de um aumento de 0,8% em relação à véspera, dia em que o número de mortos foi de 425 e os novos contágios chegaram quase aos 40 mil.
Com a atualização deste domingo, o país soma agora 41.394 mortos desde o início da pandemia.
De sublinhar que a descida no número de novos casos é frequente aos domingos, sendo isso resultado do atraso no reporte aos fins de semana, situação que acontece, em geral, em todos os países.
O colapso dos hospitais é a grande preocupação do Governo italiano neste momento e já se fazem sentir importantes dificuldades em regiões como Piemonte e Campânia.
Coronavirus in Italia, il bollettino di oggi 8 novembre: 32.616 nuovi casi e 331 morti https://t.co/CpSJ8N4M6z pic.twitter.com/0t4UGovc3a
— Corriere della Sera (@Corriere) November 8, 2020
Os meios de comunicação social italianos davam este sábado conta de que as igrejas dos hospitais da região do Piemonte instalaram algumas camas para pacientes positivos.
A igreja do hospital de San Luigi em Orbassano (Piemonte) ou a do hospital Martini em Turim removeram os seus bancos para dar lugar a camas para pacientes de baixa intensidade e para dar espaço às emergências.
Maurizio di Mauro, diretor de uma das regiões de saúde de Nápoles de que depende o hospital de Cortugno, pediu aos cidadãos para que não saiam de casa e para se protegerem, a si e aos outros, porque os meios hospitalares "estão no limite".
"Estamos a fazer o impossível, ajudando doentes no interior de carros e ambulâncias em fila, o pessoal está a fazer esforços sobre-humanos, mas estamos no limite", disse Di Mauro, em declarações à agência italiana ANSA, explicando que os doentes passam até 24 horas nos seus carros à espera de serem tratados.
As regiões norte da Lombardia, Piemonte e Vale de Aosta e sul da Calábria foram designadas pelo Governo como zonas vermelhas e colocadas sob confinamento suave, com restrições à deslocação para fora da região, e saída de casa, exceto por razões de trabalho, compras, saúde ou emergências.
Embora se mantenham abertos supermercados e empresas essenciais, fábricas e atividades como as de cabeleireiros, mas também tabacarias, farmácias e quiosques, as escolas apenas estão abertas para o ensino primário e o primeiro ano do ensino secundário.