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China reitera que quando tiver vacina será um "bem público global"

O vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, afirmou hoje em Macau que quando o país desenvolver uma vacina contra a covid-19, esta será um "bem público global".

China reitera que quando tiver vacina será um "bem público global"
Notícias ao Minuto

07:13 - 10/11/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

Assim que a China tiver a vacina, esta "será disponibilizada como um bem público global", garantiu Han Zheng, na abertura da Conferência do Fórum Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ISTIF), realizada em Macau e organizada pelo Fórum Boao, conhecido como o "Davos Asiático".

O responsável chinês frisou ainda que quando houver uma vacina chinesa tal "significa a derrota da covid-19".

Ainda no seu discurso, o vice-primeiro-ministro chinês garantiu que Pequim quer trabalhar com todos os países no mundo com vista ao controlo da pandemia, defendendo que "juntos" será possível o desenvolvimento de um tratamento e de uma vacina.

Estas afirmações em Macau acontecem um dia depois de a autoridade sanitária do Brasil ter anunciado que suspendeu os ensaios clínicos da vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, contra o novo coronavírus, após um incidente "grave" com um voluntário.

A Coronavac está igualmente a ser testada na China, Turquia, Bangladesh e Indonésia.

Em comunicado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que decidiu interromper o ensaio clínico da vacina Coronavac "após a ocorrência de um evento adverso grave", em 29 de outubro.

A Anvisa não deu mais informações sobre o incidente, referindo apenas que a categoria de "evento adverso" pode incluir a morte, efeitos secundários potencialmente fatais, incapacidade ou invalidez persistente ou significativa, hospitalização ou outro "evento clinicamente significativo".

"Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado", precisou a agência, acrescentando que vai "avaliar os dados observados até o momento e julgar o risco/benefício da continuidade" dos testes.

A suspensão dos ensaios clínicos da Coronavac, que envolve nove mil voluntários, ocorreu um dia depois de o gigante farmacêutico norte-americano Pfizer anunciar que a sua vacina contra a covid-19 alcançou 90% de eficácia nos testes.

As vacinas candidatas da Pfizer e Sinovac estão em ensaios da Fase 3, a última fase antes de receberem aprovação regulamentar.

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