Por outro lado, o Governo incluiu outras cinco regiões na zona laranja, o que inclui novas restrições, e nas próximas horas será tomada uma decisão sobre a Campânia, que tem Nápoles como capital e cujos administradores pediram a inclusão na zona vermelha.
Alguns meios de comunicação avançam hoje que o governo italiano está a equacionar um confinamento nacional se as infeções não diminuírem nos próximos dias.
"Todas as Regiões estão classificadas como de alto risco de epidemia não controlada no território ou de risco moderado, com alta probabilidade de evoluir para alto risco nas próximas semanas", escreve o ISS.
O instituto destaca o agravamento da situação epidemiológica em todas as regiões de Itália, com destaque para a Lombardia, com índice de contágio RT de 2,08, seguida da Basilicata (1,99) e Piemonte (1,97).
Entre as principais preocupações estão os centros de saúde, visto que existem "situações críticas dos serviços locais e limiares críticos de ocupação dos serviços hospitalares em todas as regiões".
O Instituto de Saúde recomenda "uma redução drástica das interações físicas entre as pessoas para aliviar a pressão sobre os serviços de saúde. É fundamental que a população evite todas as ocasiões de contacto com pessoas fora do seu círculo familiar que não sejam estritamente necessárias e fique em casa o maior tempo possível".
Como todas as segundas-feiras, devido à queda no número de testes, os casos de infeção baixaram para 25.271 (7.000 a menos em 24 horas).
Na madrugada de hoje, o Ministério da Saúde italiano decretou que mais cinco regiões se mudariam para a zona laranja e a província autónoma de Bolzano passaria a ser zona vermelha, junto com a Lombardia, Piemonte, Calábria e Vale de Aosta, que já o são.
Na zona laranja, por outro lado, entra Abruzzo, Basilicata, Liguria, Toscana e Umbria, que se juntam às regiões de Apúlia e Sicília.
Nesta zona laranja, os restaurantes e bares encontram-se encerrados durante todo o dia e, neste momento, as lojas permanecem abertas e a circulação é permitida dentro do município, mas não é permitida a saída do local de residência.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (49.238 mortos, mais de 1,2 milhões de casos), seguindo-se Itália (41.750 mortos, mais de 960 mil casos), França (40.987 mortos, mais de 1,8 milhões de casos) e Espanha (39.345 mortos, mais de 1,3 milhões de casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.