Feng Zijian, vice-diretor do Centro Chinês para o Controlo e Prevenção de Doenças, disse à revista Caixin que a China "muito provavelmente vai evitar" uma segunda vaga de infeções, face à tendência atual e medidas preventivas.
O país eliminou os surtos locais, exigindo o uso de máscaras em espaços fechados e nos transportes públicos.
A China também exige quarentena de duas semanas para aqueles que chegam do exterior e baniu a entrada de viajantes estrangeiros oriundos de mais de dez países.
As autoridades agiram rapidamente para lidar com os surtos locais, ao detetar e isolar contactos próximos de infetados, realizar testes em massa e, por vezes, através do confinamento de comunidades inteiras.
A Comissão de Saúde da China anunciou hoje ter identificado um caso de contágio local, nas últimas 24 horas, na província de Anhui, centro do país, e 16 casos oriundos do exterior.
Trata-se do terceiro dia consecutivo em que as autoridades chinesas reportam casos em áreas que há vários meses não registavam qualquer surto.
O município de Tianjin, a cerca de 120 quilómetros de Pequim, registou também um caso no fim de semana. Xangai, a "capital" económica do país, diagnosticou um caso na segunda-feira - um funcionário do Aeroporto Internacional de Pudong.
Os 16 casos importados foram diagnosticados nos municípios de Xangai (leste) e Tianjin (norte) e nas províncias de Sichuan (sudoeste), Liaoning (nordeste), Jiangsu (leste) e Shaanxi (noroeste).
As autoridades chinesas disseram que, nas últimas 24 horas, 21 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 422, incluindo seis doentes em estado grave.
A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634.
O país somou, no total, 86.284 infetados desde o início da pandemia, dos quais 81.228 recuperaram da doença.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.263.890 mortos em mais de 50,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.