O chefe do Governo cabo-verdiano fez o apelo após uma reunião na tarde/noite de sexta-feira com as autoridades e instituições locais, nomeadamente o Sistema de Proteção Civil, a sociedade civil, profissionais de saúde, Forças Armadas, Cruz Vermelha e Polícia Nacional.
Ulisses Correia e Silva disse que o encontro serviu para deixar uma mensagem de força e de conforto, esperando vencer a batalha com "muita determinação, boa estratégia, e, acima de tudo, uma ampla participação de todos".
"Vamos congregar esforços e reforçar, porque, desta forma, não tenho dúvidas de que em pouco tempo, podemos baixar o nível de transmissão no Fogo, e particularmente em São Filipe", afirmou o primeiro-ministro.
Segundo Ulisses Correia e Silva, a ilha do Fogo está neste momento com um nível de propagação "relativamente elevado, acima da média nacional", mas disse estar convicto que o país fará "um bom combate".
"Viemos reforçar ainda mais os meios e recursos humanos, como médicos, enfermeiros, psicólogos, além das condições já criadas", indicou Correia e Silva, numa mensagem após o encontro com as autoridades foguenses.
O chefe de Governo disse que as recomendações continuam as mesmas, ou seja, uma boa comunicação, sensibilização, fazer com que cada cidadão seja um bom combatente, praticando as medidas preventivas como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização.
"Se isto for feito de uma forma generalizada e permanente, teremos menos necessidade de chegarmos aos hospitais, de ter pressão sobre o sistema de saúde, assim como aumentar o número de contágios ou criar situações de maiores dificuldades. Depois, é uma boa fiscalização e ter à retaguarda dos serviços de saúde preparados para dar resposta", terminou.
O concelho de São Filipe regista um acumulado de 698 casos de covid-19 desde os primeiros registados em 26 de agosto, dos quais quatro óbitos, 528 recuperados e 166 casos ativos atualmente.
Cabo Verde tinha até sexta-feira um total acumulado de 9.741 casos positivos desde 19 de março, dois doentes transferidos, 102 óbitos, 9.074 casos considerados recuperados e 563 casos ativos.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.294.539 mortos em mais de 52,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.