"O desafio com o qual são confrontados os Estados-membros da UE é o de garantir o acesso à vacina a todas as pessoas no seu território, não apenas os cidadãos, mas também os refugiados, as pessoas deslocadas e os migrantes que se encontram na Europa", defendeu Vitorino, intervindo uma videoconferência sobre migração e asilo.
O acesso às futuras vacinas da covid-19 não é apenas uma questão de proteção dos direitos humanos dos migrantes, mas também "de segurança sanitária e de bem-estar no conjunto de todas as populações dos países de acolhimento".
A conferência de alto nível sobre migrações foi organizada pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas, e o Budenstag alemão, com a cooperação da Assembleia da República (AR) e do Parlamento esloveno (Portugal e Eslovénia asseguram as próximas presidências semestrais da UE) e a Comissão Europeia.
Para além de Vitorino, participaram na videoconferência o presidente da AR, Eduardo Ferro Rodrigues, e o secretário-geral da ONU, António Guterres.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.350.275 mortos resultantes de mais de 56,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.