África teme segunda vaga enquanto se prepara para a chegada da vacina

África teme uma segunda vaga de covid-19 e prepara-se para a chegada da vacina, disse hoje a diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o continente, no balanço semanal da pandemia.

Notícia

© Getty Images

Lusa
19/11/2020 15:33 ‧ 19/11/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Existem agora mais de dois milhões de casos de covid-19 em África e, infelizmente, já morreram 48.000 pessoas", afirmou Matshidiso Moeti.

Nos últimos 28 dias, explicou, "os casos aumentaram em relação ao mês passado em 19 países, incluindo o Quénia, Argélia, Gana e Argélia".

Durante a conferência de imprensa 'online' a partir da sede da OMS África, em Brazzaville, o epidemiologista sul-africano Salim S. Abdoul Karim identificou três fatores que poderão contribuir para uma segunda vaga, particularmente na África do Sul: "Complacência" no que diz respeito às medidas de prevenção, grandes reuniões que favorecem a contaminação e as férias de final do ano.

Ambos os oradores saudaram o anúncio de uma vacina 95% eficaz contra a covid-19, feito nos últimos dias pelos laboratórios Pfizer e Moderna.

Para o acesso às vacinas, recordaram que os países africanos estão a contar com a plataforma internacional Covax, um mecanismo de financiamento para fornecer 92 países de baixo e médio rendimento com acesso a vacinas seguras e eficazes contra a covid-19.

No total, os colaboradores da Covax - União Europeia, França, Espanha e a Fundação Bill & Melinda Gates - prometeram "mais de 2 mil milhões de dólares", segundo anunciou em 13 de novembro a Aliança Global para as Vacinas (GAVI, na sigla em inglês), que colidera a Covax.

"Contudo, pelo menos 5 mil milhões de dólares adicionais terão ainda de ser encontrados em 2021 para comprar as doses de vacina à medida que são entregues", acrescentou a GAVI.

A OMS África ainda não sabe qual será a parte da África neste financiamento.

A diretora regional da OMS deu conta de "discussões" com o laboratório Moderna "para garantir o acesso assim que a vacina esteja disponível".

"A ideia não é tentar vacinar toda a gente, é impossível", acrescentou Matshidiso Moeti, acrescentando que o objetivo é "atingir 20% da população até ao final do próximo ano", dando prioridade aos mais vulneráveis.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.350.275 mortos resultantes de mais de 56,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 48.409 mortos confirmados em mais de dois milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas